Você sabe qual é a relação entre a diabetes e a gravidez? Durante a gestação, as mulheres podem ter Diabetes Pré Gestacional, onde a paciente já possui a doença previamente, ou a Diabetes Gestacional, adquirida durante a gravidez. Vamos entender um pouco mais sobre cada uma.
Diabetes Pré Gestacional
A maior preocupação da mulher diabética, ao engravidar, é a possibilidade do bebê nascer com a mesma doença. Felizmente, há várias formas de prevenção para que isso não aconteça; e a futura mãe tem um papel decisivo nessa fase.
Para ter um bebê saudável, basta que ela aprenda a controlar a sua glicemia, considerando o modo como seu organismo estará trabalhando durante a gestação. Seguindo as recomendações da equipe de especialistas que irá acompanhá-la, a gestante terá todas as chances de não enfrentar qualquer contratempo (o ideal é que o acompanhamento seja feito por uma equipe multiprofissional: endocrinologista ou diabetólogo, obstetra, nutricionista, enfermeira e, em alguns casos, psicólogo). Essas recomendações giram sempre em torno do controle da glicemia e da programação da chegada do filho.
Ao decidir engravidar, a paciente deve procurar seu médico para receber a orientação mais adequada. Ele dirá o que fazer e pedirá os exames necessários. É sempre bom começar o controle cerca de seis meses antes de engravidar. Assim, pode-se pesquisar a existência de complicações, como retinopatia e nefropatia, que teriam que ser tratadas durante a gravidez.
O controle da glicemia durante a gravidez diminui a probabilidade da criança ter diabetes. Quanto maior esse controle, menor o risco do bebê ser diabético tipo 2 na vida adulta. Lembre-se que o medo e apreensão dificultam o controle da taxa de glicemia no sangue. A melhor saída, em todos os casos, é ter confiança e otimismo, pois isso torna tudo mais fácil.
Diabetes Gestacional
Já a diabetes gestacional é um problema que surge durante a gravidez.
A diabetes aparece quando o organismo não consegue fabricar a insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, em quantidade suficiente. A insulina controla a quantidade de açúcar disponível no sangue, para ser usado como fonte de energia, e permite que o excesso de açúcar seja armazenado. Seu corpo precisa produzir insulina extra para atender às necessidades do bebê, principalmente da metade da gravidez adiante. Se isso não for possível, você pode ficar com diabetes gestacional. Seu nível de açúcar no sangue também pode subir devido às mudanças hormonais da gravidez, que interferem na ação da insulina.
O principal problema do excesso de açúcar no sangue é que ele atravessa a placenta e chega ao bebê, o que pode fazer com que ele cresça demais. Um bebê muito grande pode dificultar o parto, além de aumentar a probabilidade de que você precise de uma cesariana.
O bebê também fica mais propenso a ter icterícia e hipoglicemia após o parto e a apresentar problemas respiratórios. O volume de líquido amniótico também pode aumentar demais.
Mulheres que já tiveram diabetes gestacional antes, ou que já tiveram bebês considerados grandes, correm um risco maior de ter diabete gestacional.
Os maiores riscos são para as mulheres que:
• Estiverem com mais de 35 anos ao engravidar;
• Possuírem histórico familiar de diabetes;
• Tiverem dado à luz um bebê com mais de quatro quilos ou com alguma malformação;
• Apresentarem açúcar (glicose) na urina durante uma consulta de pré-natal periódica;
• Tiverem hipertensão;
• Apresentarem líquido amniótico em excesso;
• Tiverem passado por um aborto espontâneo de causa indeterminada ou se tiverem tido um natimorto;
• Estiverem acima do peso antes de engravidar;
• Tiverem a Síndrome dos Ovários Policísticos.
Fique atenta! Esses são os sintomas mais comuns diabetes:
• Visão borrada;
• Fadiga;
• Infecções frequentes, inclusive na bexiga, vagina e pele;
• Aumento da sede;
• Aumento da micção;
• Náusea e vômitos;
• Perda de peso, apesar do aumento de apetite.
O tratamento e acompanhamento da gestante com Diabetes Gestacional é semelhante a da gestante com Diabetes Pré Gestacional.