Um método contraceptivo de grande sucesso é o implante.
Aliás, implantes — não há apenas um tipo!
Um deles pode ser considerado um método contraceptivo revolucionário:
um implante subdérmico que oferece até três anos de contracepção. Durante esse
período, o implante vai liberar diariamente na corrente sanguínea as doses
necessárias de hormônio para inibir a ovulação, evitando, assim, a gravidez.
Esse é o método mais indicado para mulheres que buscam um
contraceptivo fácil de usar e não desejam engravidar tão cedo, para planejar
com segurança os intervalos entre os nascimentos dos filhos, para dar
prioridade à carreira ou para quem apenas não quer ter filhos e considera a
realização de uma laqueadura futura.
Assim como sua aplicação, a remoção do implante é feita de
forma simples e rápida e em poucos dias a fertilidade estará restabelecida.
Durante a utilização, a menstruação tende a diminuir, sendo que, em 40% das
usuárias foi observada a ausência de menstruação (amenorréia).
Esta opção de implante tem a mais baixa dose de hormônio e
não possui estrogênio, responsável muitas vezes por náuseas e enjoos. Ele já
foi testado e aprovado por mulheres do mundo inteiro, pelo baixo potencial de
efeitos colaterais.
Depois de se decidir por este método de contracepção, a
inserção é feita em apenas alguns minutos pelo próprio médico no consultório.
Através de um aplicador, ele é colocado na face interna do braço escolhido,
cerca de 6 a 8 cm acima da dobra do cotovelo, com anestesia local. O implante é
invisível e não provoca incômodo.
Mesmo sendo um implante de longa duração, você tem total
liberdade para solicitar sua remoção quando quiser.
Outra opção é o DIU, um endoceptivo (contracepção endógena),
também chamado SIU (Sistema Intra-Uterino). Ele é de longa duração, reversível
e altamente eficaz. Consiste de uma pequena estrutura em forma de ‘T’ que é
inserida dentro do útero e que contém um reservatório de levonorgestrel (LNG).
O LNG é um hormônio progestogênico idêntico ao que tem sido
utilizado em outros métodos contraceptivos hormonais. Este implante também não
contêm estrogênios, podendo, portanto ser usado por mulheres que sofrem de
intolerância a estes hormônios.
O efeito anticoncepcional e terapêutico baseia-se em sua
ação local dentro do útero:
• Torna o muco cervical mais espesso, dificultando a
passagem dos espermatozoides e, assim, a fertilização do óvulo;
• Inibe a mobilidade e a função dos espermatozoides dentro
do útero e nas trompas uterinas;
• Inibe o crescimento do endométrio (camada de revestimento
interno do útero) tornando-o desfavorável à gravidez, resultando em sangramento
menstrual mais curto e menos intenso.
O DIU é muito eficaz se comparado à laqueadura tubária
(esterilização feminina). Sua ação contraceptiva se inicia no momento em que é
inserido.
É indicado para mulheres que necessitem de contracepção
eficaz, ou que tenham menorragia (fluxo menstrual intenso) idiopática e
precisem de prevenção da hiperplasia endometrial durante a terapia de reposição
estrogênica.
Recomenda-se que ele seja inserido durante o período da
menstruação, logo após um aborto ou a partir da 6ª semana após o parto. Quando
de sua inserção, a maioria das mulheres sente um leve desconforto, muito
parecido com uma cólica menstrual, que desaparece em algumas horas após o ato.
Recomenda-se que você converse com seu médico sobre a necessidade de usar
analgésicos.
A mulher que inserir o DIU poderá sofrer modificações no seu
padrão de sangramento menstrual. Durante os primeiros 3 a 6 meses após a
inserção, muitas mulheres relatam a ocorrência de pequenas perdas de sangue ou
de pequenos sangramentos fora do período menstrual. Em geral estes sangramentos
irregulares cessam espontaneamente.
De modo geral, a menstruação será menos intensa, mais curta
e menos dolorosa, significando mais liberdade e melhor qualidade de vida.
Em algumas mulheres, a menstruação cessa completamente
(amenorréia). Saiba que isso é resultado do efeito do hormônio sobre o
revestimento interno do útero (endométrio). Portanto, isto não quer dizer que
você está na menopausa ou que o sangramento menstrual está sendo desviado para
outra parte de seu corpo, ou ainda que você esteja grávida.
Na verdade, um menor sangramento ou a ausência dele pode ser
vantajoso para a saúde da mulher. Quando o endoceptivo for removido, os
períodos menstruais voltarão a ter suas características habituais.
Logo após a inserção,
recomenda-se que a mulher retorne ao médico em seis semanas para a primeira
revisão e, a partir daí, a cada 12 meses (em média) até que o endoceptivo seja
retirado.
O implante age por até cinco anos e quando a
mulher quiser engravidar, é só pedir a seu médico para removê-lo.