A Biópsia de Embriões é um exame genético realizado antes da implantação dos embriões. Trata-se de um avanço extraordinário da ciência da Reprodução Humana, que traz tranquilidade para os casais que, por diversos motivos, precisam certificar-se da qualidade da saúde ou mesmo do sexo dos embriões que serão implantados no útero materno.
Doenças genéticas como Síndrome de Down e a Síndrome do X Frágil podem ser evitadas graças a este procedimento tecnicamente complexo e absolutamente seguro.
Para realizar o Diagnóstico Genético Pré-implantacional (DGP), é necessário obter, mediante uma biopsia embrionária, um ou dois blastômeros (células pluripotenciais) do embrião em estado de 6 a 8 células, aproximadamente no 3º dia do desenvolvimento embrionário. Eles ficam durante o tempo máximo que se podem manter em cultivo antes de serem transferidos ao útero materno. Os embriões não afetados por nenhuma anomalia congênita são selecionados para a transferência.
Outra possibilidade para o DGP é a análise do estado do óvulo que vai ser fecundado a partir do corpúsculo polar, mesmo que neste caso somente se poderiam analisar patologias de herança materna.
A Hibridação Genética Comparativa (CGH) é a técnica utilizada para a realização do DGP, onde são estudados os 23 pares de cromossomos. Essa técnica é capaz de identificar todas as anomalias cromossomáticas chamadas aneuploidias, que são as alterações no número de cromossomos, sendo perdas ou ganhos, causados por erros na divisão da célula. Entre as aneuploidias mais conhecidas está a Síndrome de Down.
O DGP é indicado para:
1. Mulheres com mais de 37 anos;
2. Mulheres com histórico de aborto de repetição;
3. Mulheres com anomalias cromossômicas; 4. Casais que tiveram várias tentativas de FIV sem sucesso.